Uma visão pessoal sobre o que é trabalhar na área de gastronomia

A trajetória de cada chef pode variar muito. O mais importante é saber que não há regras e cada um tem seu caminho. Mas se você tem vontade de trabalhar na área de alimentos e bebidas, é essencial saber que quando se fala de gastronomia não se trata apenas de culinária, mas também de pessoas, amor e união.

Desde criança eu tenho contato com a cozinha. Minha vó foi uma grande influência, pois me ensinava sobre a importância dos alimentos. Ela teve 16 filhos, era muita gente para alimentar, por isso, minha vó sabia aproveitar tudo ao máximo. Não faltava comida, mas também não sobrava. Foi ela quem me mostrou como ter carinho e cuidado no ato de cozinhar, principalmente, a utilizar 100% dos ingredientes, sem desperdício.

Outra grande influência foi minha experiência como voluntária no tsunami que aconteceu na Tailândia. Lá, também tive que cozinhar para crianças e desabrigados. Toda a dedicação que eu colocava quando preparava a comida era recompensada ao ver que estava ajudando aquelas pessoas.

A mesma alegria tenho quando percebo que posso montar um cardápio que as pessoas se deliciem e ao mesmo tempo consigam se sentir bem no ambiente, tendo uma experiência gastronômica completa. Estar a frente de um restaurante ou com o projeto Chef Em Casa, também consigo ter essa experiência que mescla culinária e pessoas.

Com o programa Bizu e a interação nas redes sociais essa percepção tem se aguçado ainda mais. É incrível como é possível se conectar com os outros através da comida.

Mas ser Chef não é só glamour, tem que se esforçar e trabalhar muito, principalmente, aos finais de semana e feriados. Tem que amar muito o que se faz para aguentar horas de trabalho no calor da cozinha. Calor esse que aquece o meu coração. Por isso, posso dizer que sou uma profissional realizada!